quinta-feira, 8 de março de 2012

EVENTO BACANA, FREE, MAS QUE ACEITAVA DOAÇÕESNA VILA MADALENA

DICA 27

Confira a reportagem e ouça o set do que foi o evento realizado na vila Madalena, que apesar de gratuito para os convidados da lista VIP, a doação em dinheiro era quase que obrigatória, para não passar por uma careta na entrada ( Fod..-se) onde eu estava e nem a chuva atrapalhou a festa, a reportagem é do site www.deepbeep.com.br

 Prins Thomas 

 

18 de November de 2011 Há quem reclame da situação musical que vivemos hoje, da invasão do pop banal, da falta de espaço para música de qualidade. Não dá para entender por quê. Nos últimos cinco, seis anos, uma grande leva de DJs e produtores do mundo todo abriu os cases e as cabeças para diversas sonoridades, criou coragem para arriscar, abraçou um ecletismo coerente e saudável. E o público? Gente de sobra entendeu. Tanto que centenas de pessoas tinham tudo para ficar em casa numa tarde chuvosa de domingo em São Paulo, mas nem pensaram em perder um dos caras que capitanearam essa evolução na música de pista: o multi-instrumentista, DJ e produtor Prins Thomas.
Foi a segunda edição da Is Back (a primeira trouxe Ewan Pearson), numa casa da Vila Madalena. Seria uma festa aberta, mas a chuva forte já era prevista e a produção providenciou uma boa cobertura. O casal Claudia Assef + Dani Cozta e Caio T (cujo set gravado na festa você confere aqui) abriram a tarde do jeito certo e às quatro, Prins assumiu os decks, permanecendo ali até as dez da noite, à vontade, como se estivesse no quintal de sua própria casa.
Violas nordestinas abriram o set, saudando o público que já havia enchido o local. Daí o norueguês nos leva a ambientes viajantes e experimentais, cai em paragens obscuras do techno e traz a luz de novo com um remix dub/acid de “Weekend” do Class Action, arrancando gritos gerais no primeiro de vários pontos altos de sua apresentação.

Prins Thomas por Luciana Orvat
Jazz, disco music, classic house, vocais emotivos, muita percussão, e aí vem John Farham e sua “Age Of Reason” amaciando para outro momento brasileiro: mais influências nordestinas (Thomas ama e pesquisa a fundo a música brasileira) seguidas de “Daqui pro Meier”, de Ed Motta. Momento italo disco: o estupendo remix que Frankie Knuckles fez em 1986 para “One More Round”, do Kasso, o quase homônimo Asso em “Do It Again”, D.D. Sound e a funky, deliciosamente cafona “Burning Love”. O dia ia embora e Thomas ainda não havia chegado nem à metade.
Mais capítulos experimentais, mais Brasil (Azymuth e a imortal “Jazz Carnival”), Lucio Battisti e “El Velero”, clássicos da soul como “I Believe In Miracles” com Mark Capanni, músicas lentas, Gwen Guthrie, funk, cúmbia pura e rasgada, acid house. E a viagem encontra a reta final com Eddie Kendricks e a oportuna “Date With The Rain” (os barulhos de chuva da música se misturando ao temporal lá de fora), até o grand finale: versões inusitadas e divertidas para “Don’t Stop Til You Get Enough” e “You Make Me Feel”.
São seis horas de MÚSICA (com letra maiúscula mesmo) em Prins Thomas Is Back, o registro de uma tarde inimista, musicalmente rica, quase onírica. Se eu fosse você, separaria seis horas do seu dia para fazer nada além de ouvir este set e torcer, a cada virada, para que ele volte logo, muitas vezes. De preferência de dia. Com chuva ou com sol.
dblive Prins Thomas (parte 1 e parte 2)
Gravado ao vivo na iS BacK, em 30 de outubro de 2011.
Texto: Benjamin Ferreira

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